Lancia Delta 2008 Manual de Uso e Manutenção (in Portuguese)
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150ARRANQUE E CONDUÇÃO
Evitar totalmente o arranque por empurrão
ou tirando partido das descidas. Estas ma-
nobras podem provocar o afluxo de combu-
stível no catalisador e danificá-lo irremediavel-
mente.
AQUECIMENTO DO MOTOR DEPOIS DO
ARRANQUE
Proceder como indicado a seguir:
pôr o veículo em movimento lentamente, fazendo o mo-
tor rodar com regime médio, sem aceleradas bruscas;
evitar exigir durante os primeiros quilómetros, máxi-
mo das prestações. Recomenda-se aguardar até que o
indicador do termómetro do líquido de arrefecimento
do motor comece a mover-se.
DESLIGAR O MOTOR
Com o motor ao mínimo, rodar a chave de arranque na
posição STOP.
AVISO Depois de um percurso de fadiga, é aconselhável
deixar “tomar fôlego” ao motor antes de desligá-lo, fa-
zendo-o rodar ao ralenti, para permitir que a temperatu-
ra no interior do compartimento do motor baixe.
A “pisada no acelerador” antes de desligar
o motor não serve para nada, provoca um
consumo inútil de combustível e, especial-
mente para os motores com turbocompressor, é
prejudicial.
TRAVÃO DE MÃO
A alavanca do travão de mão está posicionada entre os
bancos dianteiros.
Para accionar o travão de mão, puxar a alavanca para
cima, até que o veículo fique travado.
O veículo deve ficar bloqueado após alguns
impulsos da alavanca, caso contrário, con-
tactar a Rede de Assistência Lancia para
efectuar a regulação.
Com o travão de mão engatado e a chave de arranque na
posição MAR, no painel de instrumentos acende a luz avi-
sadora x.
Para desengatar o travão de mão, proceder como indica-
do a seguir:
levantar ligeiramente a alavanca e premir o botão de
desbloqueio A-fig. 1;
manter premido o botão A e baixar a alavanca. A luz
avisadora xno painel de instrumentos apaga-se.
Para evitar movimentos acidentais do veículo realizar a
manobra com o pedal do travão premido.
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ESTACIONADO
Proceder como indicado a seguir:
desligar o motor e engatar o travão de mão;
engatar a velocidade (a 1ª em subida ou a marcha-
atrás em descida) e deixar as rodas viradas.
Se o veículo for estacionado em inclinações acentuadas,
recomenda-se igualmente bloquear as rodas com uma
cunha ou um calço.
Não deixar a chave de arranque na posição MAR para evi-
tar descarregar a bateria e, quando sair do veículo, reti-
rar sempre a chave.
Nunca deixar crianças sozinhas no veículo; ao afastar-se
do veículo extrair sempre a chave do dispositivo de ar-
ranque e levá-la consigo.
fig. 1L0E0072m
USO DA CAIXA DE VELOCIDADES
MANUAL
Para engatar as marchas, pisar a fundo no pedal da em-
braiagem e pôr a alavanca da caixa de velocidades na
posição desejada (o esquema para o engate das marchas
é ilustrado consoante as versões, na etiqueta de costura
debaixo da alavanca ou empunhadura fig. 2).
Para engatar a 6ª velocidade, accionar a alavanca exerci-
tando uma pressão para a direita para evitar engatar er-
roneamente a 4ª velocidade. O procedimento é semelhan-
te para passar da 6ª à 5ª velocidade.
AVISO A marcha-atrás apenas pode ser engrenada com
o veículo totalmente parado. Com o motor ligado, antes
de engatar a marcha-atrás, aguardar no mínimo 2 se-
gundos com o pedal da embraiagem premido a fundo, pa-
ra evitar danificar as engrenagens e arranhar.
fig. 2L0E0073m
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Para engatar a marcha-atrás R a partir da posição de pon-
to morto, deve levantar o colar deslizante A colocado de-
baixo do botão e ao mesmo tempo deslocar a alavanca pa-
ra a esquerda e depois para a frente.
Na versão 1.6 Multijet: para engatar a marcha-atrás R
da posição de ponto morto, elevar o colar deslizante A sob
o painel e, ao mesmo tempo, deslocar a alavanca para a
direita e para trás.
AVISO A utilização do pedal da embraiagem deve estar
limitada exclusivamente às mudanças de velocidades. Não
conduzir com o pé apoiado no pedal da embraiagem me-
smo que ligeiramente. Para versões/mercados se previsto,
a electrónica de controlo do pedal da embraiagem pode
intervir interpretando o estilo errado de condução como
uma avaria.
Para mudar correctamente as velocidades, é
necessário pressionar totalmente o pedal da
embraiagem. Por essa, razão, o piso debaixo
dos pedais não deve ter obstáculos: certificar-se de
que eventuais tapetes inferiores se encontrem bem
instalados e não interferem com os pedais.
Não conduzir com a mão sobre a alavanca da
caixa de velocidades, uma vez que o esforço
exercido, mesmo que reduzido, a longo pra-
zo pode causar o desgaste dos elementos internos da
caixa de velocidades.
ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL
De seguida são indicadas algumas sugestões úteis que per-
mitem poupar combustível e reduzir as emissões nocivas
de CO
2e outros gases tóxicos (óxido de azoto, hidrocar-
bonetos não queimados, resíduos finos de PM, etc.).
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Manutenção do veículo
Respeite a manutenção do veículo realizando os contro-
los e as afinações previstas no “Plano de Manutenção Pro-
gramada”.
Pneus
Controlar periodicamente a pressão dos pneus, com um
intervalo não superior a 4 semanas: se a pressão for de-
masiado baixa, aumentam os consumos quando maior for
a resistência ao rolamento.
Cargas inúteis
Não viajar com a bagageira sobrecarregada. O peso do veí-
culo (principalmente no tráfego urbano), e o seu alinha-
mento influenciam fortemente os consumos e a estabili-
dade.
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Acessórios montados nas barras longitudinais
Retirar acessórios tais como: barras transversais, porta-
esquis, recipiente porta-bagagens, etc. do tejadilho se não
forem utilizados. Estes acessórios diminuem a penetração
aerodinâmica do veículo, tendo uma influência negativa
nos consumos. Em caso de transporte de objectos espe-
cialmente grandes, utilizar de preferência um reboque.
Equipamentos eléctricos
Utilizar os dispositivos eléctricos apenas durante o tem-
po necessário. O vidro traseiro térmico, os projectores su-
plementares, os limpa pára-brisas, a ventoinha do siste-
ma de aquecimento absorvem uma notável quantidade de
corrente, provocando de consequência um aumento do
consumo de combustível (até a +25% no ciclo urbano).
Climatizador
A utilização do climatizador provoca consumos mais ele-
vados (até +20% em média): quando a temperatura ex-
terior o permitir, utilizar de preferência a ventilação.
Acessórios aerodinâmicos
O uso de acessórios aerodinâmicos, não certificados para
tal fim, pode prejudicar a aerodinâmica e os consumos.ESTILO DE CONDUÇÃO
Arranque
Não deixar o motor a aquecer com o veículo parado, nem
com um regime de ralenti elevado: nestas condições, mo-
tor aquece muito mais lentamente, aumentando consumos
e emissões. É recomendável partir imediata e lentamente,
evitando regimes elevados: desse modo, o motor aquecerá
mais rapidamente.
Manobras inúteis
Evitar acelerar quando está parado nos semáforos ou an-
tes de desligar o motor. Esta última manobra é totalmen-
te inútil, provocando um aumento dos consumos e da po-
luição.
Engate das velocidades
Se as condições do tráfego e o percurso em estrada o per-
mitirem, utilizar uma relação de caixa mais alta. Utilizar
uma relação de caixa mais baixa para possuir uma ace-
leração mais rápida, implica um aumento dos consumos.
O uso impróprio de uma velocidade alta aumenta os con-
sumos, as emissões e desgasta o motor.
Velocidade máxima
O consumo de combustível aumenta significativamente
com o aumento da velocidade. Manter uma velocidade o
mais uniforme possível, evitando travagens ou acelerações
supérfluas, que provocam um consumo excessivo de com-
bustível e aumento das emissões.
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Aceleração
Acelerar violentamente prejudica os consumos e as emis-
sões: acelerar gradualmente.
CONDIÇÕES DE USO
Arranque a frio
Percursos muito curtos e frequentes arranques a frio não
permitem ao motor atingir a temperatura de funciona-
mento ideal. Provoca um aumento significativo dos con-
sumos (+15 a +30% em ciclo urbano) e das emissões.
Situações de tráfego e condições de estrada
Os consumos muito elevados devem-se a situações de trá-
fego intenso, por exemplo quando se está em filas de trân-
sito, com frequentes utilizações das relações inferiores da
caixa de velocidades, ou nas grandes cidades, onde existem
muitos semáforos. Também os percursos sinuosos, tais co-
mo as estradas de montanha ou superfícies de estrada ir-
regulares, prejudicam os consumos.
Paragens no trânsito
Durante as paragens prolongadas (por ex. passagens de
comboio) é aconselhável desligar o motor.REBOQUE DE ATRELADOS
AVISOS
Para o reboque de rulotes ou atrelados, o veículo deve ter
um gancho de reboque homologado e um sistema eléc-
trico adequado. A instalação deve ser efectuada por pes-
soal especializado, que fornece documentação adequada
para a circulação em estrada.
Montar eventualmente espelhos retrovisores específicos
e/ou suplementares, no respeito das vigentes normas do
Código de Circulação da Estrada.
Recordar que o reboque de um atrelado reduz a possibi-
lidade de ultrapassar as pendências máximas, aumenta os
espaços de paragem e os tempos para uma ultrapassagem
sempre em relação ao peso total do mesmo.
Nos percursos em descida, engate uma marcha baixa, ao
contrário de usar constantemente o travão.
O peso que o reboque exerce no gancho de reboque do veí-
culo, reduz em iguais valores a capacidade de carga do
próprio veículo. Por uma questão de segurança e para não
se ultrapassar o peso máximo rebocável (indicado no li-
vrete de circulação), é necessário ter em conta o peso do
reboque em plena carga, incluindo os acessórios e as ba-
gagens pessoais.
Respeitar os limites de velocidade específicos de cada país,
para os veículos com reboques. Em cada caso, a veloci-
dade máxima não deve ultrapassar os 100 km/h.
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O sistema ABS com que o veículo pode ser
equipado não controla o sistema de travagem
do reboque. Assim, é necessário ter um cui-
dado especial em superfícies escorregadias.
Não modificar o sistema de travagem do veí-
culo para o comando do travão do reboque.
O sistema de travagem do reboque deve ser
completamente independente do sistema hidráulico
do veículo.
PNEUS PARA A NEVE
Utilizar pneus para a neve das mesmas dimensões daqueles
fornecidos pela fábrica com o veículo.
A Rede de Assistência Lancia é prazeirosa de fornecer con-
selhos sobre a escolha do pneu mais apto para o uso ao
qual o Cliente entende destiná-lo.
Para o tipo de pneu de neve a adoptar, para as pressões
de enchimento e as relativas características, respeitar ex-
clusivamente quanto indicado no parágrafo “Rodas” no
capítulo “6”.
As características de Inverno destes pneus reduzem-se si-
gnificativamente quando a profundidade do piso é infe-
rior a 4 mm. Nestes casos, devem ser substituídos.As características específicas dos pneus de neve, se mon-
tados, em condições ambientais normais ou em caso de
grandes distâncias em auto-estrada, possuem prestações
inferiores em relação aos pneus normalmente equipados.
Assim, é necessário limitar a utilização das prestações pa-
ra os quais foram homologados.
AVISO Utilizando pneus de neve com índice de velocida-
de máxima inferior àquela alcançável pelo veículo (au-
mentada em 5%), colocar bem à vista no interior do ha-
bitáculo, uma sinalização de cautela que indique a velo-
cidade máxima permitida pelos pneus de Inverno (como
previsto pela Directiva CE).
Monta nas quatro rodas pneus iguais (marca e perfil) pa-
ra garantir maior segurança em andamento e na trava-
gem e uma boa manobrabilidade.
Lembramos que é adequado não inverter o sentido de ro-
tação dos pneus.
A velocidade máxima do pneu de neve com
indicação “Q” não deve exceder os 160 km/h
respeitando as normas vigentes do Código de
Circulação da Estrada.
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Com as correntes montadas, manter uma ve-
locidade moderada; não exceder os 50 km/h.
Evitar os buracos, não subir degraus ou pas-
seios e não percorrer longos troços em estradas sem
neve, para não danificar o veículo e o asfalto.
CORRENTES PARA NEVE
O uso das correntes para a neve está subordinado as nor-
mas vigentes em cada País.
As correntes para neve devem ser aplicadas unicamente
nos pneus das rodas dianteiras (rodas motrizes).
Controle a tensão das correntes para a neve depois de ter
percorrido algumas dezenas de metros.
AVISO Na roda sobresselente não é possível montar cor-
rentes para a neve. Em caso de furo de um pneu diantei-
ro, posicionar a roda sobresselente em substituição de uma
roda traseira e colocar esta no eixo dianteiro. Deste modo,
tendo na dianteira duas rodas de dimensão normal, é pos-
sível montar as correntes.
INACTIVIDADE PROLONGADA
DO VEÍCULO
Se, o veículo deve permanecer parado por mais de um mês,
observar estas precauções:
coloque o veículo num local coberto, seco e, se possí-
vel, ventilado;
engatar uma velocidade;
verifique se o travão de mão não está accionado;
desligar o borne negativo do pólo da bateria e verifi-
car o estado da carga (consultar o parágrafo “Bateria
- Controlo do estado de carga da bateria e nível de elec-
trólito” no capítulo “5”);
limpe e proteja as partes pintadas aplicando ceras pro-
tectoras;
limpar e proteger as partes metálicas brilhantes com
produtos específicos à venda;
pulverizar com pó de talco as escovas de borracha do
limpa pára-brisas e do limpa vidro traseiro e deixá-las
levantadas dos vidros;
abrir ligeiramente as janelas;
cobrir o veículo com uma cobertura em tecido ou em
plástico perfurado. Não utilizar coberturas em plásti-
co sólido, que não permitem a evaporação da humi-
dade presente na superfície do veículo;
encher os pneus com uma pressão de +0,5 bar em re-
lação a normalmente prescrita e controlá-la de tempos
em tempos;
não esvaziar o sistema de refrigeração do motor.
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EM EMERGÊNCIA157
4
Em situações de emergência é aconselhável marcar o número verde indicado no
Livrete de Garantia. É também possível aceder ao site www.lancia.com
para pesquisar a Rede de Assistência Lancia mais próxima.
Arranque do motor .................................................................. 158
Kit de reparação rápida dos pneus Fix&Go automatic.............. 159
Substituição de uma roda ........................................................ 167
Substituição de uma lâmpada .................................................. 174
Substituição da lâmpada externa ............................................. 178
Substituição da lâmpada interna ............................................. 183
Substituição fusíveis ................................................................ 187
Recarga da bateria .................................................................. 195
Levantamento do veículo ......................................................... 195
Reboque do veículo ................................................................. 196
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158EM EMERGÊNCIA
ARRANQUE DO MOTOR
Se a luz avisadora Yno quadro de instrumentos per-
manecer acesa de modo fixo, dirija-se imediatamente à
Rede de Assistência Lancia.
ARRANQUE COM BATERIA AUXILIAR fig. 1
Se a bateria estiver descarregada, é possível ligar o mo-
tor utilizando uma outra bateria, com capacidade igual
ou pouco superior em relação à descarregada.
Para efectuar o arranque proceder como indicado a se-
guir:
ligar os bornes positivos (sinal + em proximidade do
borne) das duas baterias com um cabo adequado;
ligar com um segundo cabo o borne negativo – da ba-
teria auxiliar com um ponto de massa E
no motor ou
na caixa de velocidades do veículo a ligar;
ligar o motor;
quando o motor é ligado, retirar os cabos, seguindo a
ordem inversa à colocação dos mesmos.
fig. 1L0E0074m
Evitar utilizar um carregador de bateria rá-
pido para o arranque de emergência: pode
danificar os sistemas electrónicos e a cen-
tralina de acendimento e alimentação do motor.
Este procedimento de acendimento deve ser
realizado por pessoal experiente, dado que
manobras incorrectas, podem provocar de-
scargas eléctricas de grande intensidade. Além dis-
so, o líquido existente na bateria é venenoso e cor-
rosivo, evitar o contacto com a pele e os olhos. Re-
comenda-se que não se aproxime da bateria com
chamas livres ou cigarros acessos e não provocar
faíscas.
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EM EMERGÊNCIA159
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Se após algumas tentativas o motor não liga, não insistir
mais e dirigir-se à Rede de Assistência Lancia.
AVISO Não ligar directamente os terminais negativos das
duas baterias: eventuais faíscas podem incendiar o gás ex-
plosivo que pode sair da bateria. Se a bateria auxiliar esti-
ver instalada noutro veículo, é necessário evitar que en-
tre este último e o veículo com a bateria descarregada exi-
stem partes metálicas em contacto.
ARRANQUE COM MANOBRAS DE INÉRCIA
Evitar totalmente o arranque por empurrão ou tirando
partido das descidas.
Estas manobras podem provocar o afluxo de combustí-
vel no catalisador e danificá-lo irremediavelmente.
AVISO Até que o motor não seja ligado, o servo-freio e a
direcção assistida não se activam, em seguida, é necessá-
rio exercer um esforço no pedal do travão e no volante,
muito maior do que o usual.KIT DE REPARAÇÃO RÁPIDA DOS
PNEUS FIX & GO AUTOMATIC
O kit de reparação rápida dos pneus Fix & Go automatic
encontra-se na bagageira.
O kit fig. 2 inclui:
uma garrafa A que contém o líquido vedante, equi-
pada com:
– tubo de enchimento B;
– selo adesivo C com a indicação “máx. 80 km/h”, a
anexar numa posição bem visível pelo condutor (no
tablier porta-instrumentos) após a reparação do
pneu;
fig. 2L0E0075m