Lancia Thesis 2007 Manual de Uso e Manutenção (in Portuguese)
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VELAS
A limpeza e a integridade das velas
são determinantes para a eficiência do
motor e para a conteção das emissões
poluentes.
O aspecto da vela, se examinado por
um especialista, é um indício válido
para localizar uma eventual anoma-
lia, mesmo se não pertencente ao sis-
tema de ignição. Assim, se o motor ti-
ver algum problema, é importante
mandar verificar as velas imediata-
mente junto à Rede de Assistência
Lancia.
As velas devem ser subs-
tituídas dentro dos prazos
previstos pelo Plano de
Manutenção Programada. Use so-
mente velas do tipo recomendado:
se o grau térmico for inadequado,
ou se não for garantida a duração
prevista, podem acontecer incon-
venientes.
UNIDADES
ELECTRÓNICAS
Usando normalmente o veículo, não
é preciso ter precauções especiais.
Em caso de intervenções no sistema
eléctrico ou de arranque com bateria
auxiliar, é necessário seguir atenta-
mente estas instruções:
– nunca desligar a bateria do sistema
eléctrico com o motor em movimento
– desligar a bateria do sistema eléc-
trico em caso de recarga. Os moder-
nos carregadores de bateria, com
efeito, podem fornecer tensões até a
20V
– em emergência, nunca efectuar o
arranque com um carregador de ba-
teria, mas utilizar uma bateria auxi-
liar
– tomar um cuidado especial com a
ligação entre a bateria e o sistema
eléctrico, verificando tanto a exacta
polaridade, como a eficiência da pró-
pria ligação– não ligar ou desligar os terminais
das unidades electrónicas quando a
chave de arranque estiver na posição
MAR
– não verificar polaridades eléctricas
com faíscas
– desligar as unidades electrónicas
no caso de soldaduras eléctricas na
carroçaria. Removê-las em caso de
temperaturas acima de 80°C (trabal-
hos especiais de carroçaria, etc.).
Modificações ou repa-
rações do sistema eléctrico
realizadas de modo inco-
rrecto e sem ter em consideração
as características técnicas do sis-
tema, podem causar anomalias de
funcionamento com riscos de
incêndio.
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RODAS
E PNEUS
PRESSÃO DOS PNEUS
Controlar a cada duas semanas
aproximadamente e antes de viagens
longas, a pressão de cada pneu, in-
clusive da roda sobressalente.
O controlo da pressão deve ser rea-
lizado com pneu repousado e frio.
Usando o veículo, é normal que a
pressão aumente. Se por caso, preci-
sar controlar ou dar pressão com o
pneu quente, considerar que o valor
da pressão deverá ser aumentado de
0,3 bar em relação ao valor prescrito.
Para o valor correcto da pressão de
enchimento dos pneus, ver “Rodas”
no capítulo “Características técnicas”.Lembre-se que a aderên-
cia do veículo na estrada
depende também da co-
rrecta pressão de enchimento dos
pneus.
Uma pressão errada provoca um
consumo anormal dos pneus (fig. 19):
A- Pressão normal: banda de roda-
gem degastada de maneira uniforme.
B- Pressão insuficiente: banda de
rodagem desgastada principalmente
nas bordas.
C- Pressão excessiva: banda de ro-
dagem desgastada principalmente no
centro.
fig. 19
L0A0161b
Uma pressão baixa de
mais provoca o sobreaque-
cimento do pneu com pos-
sibilidade de graves danos ao
mesmo.
Os pneus devem ser substituídos
quando a espessura da banda de ro-
dagem reduzir a 1,6 mm. De qual-
quer modo, seguir as normas vigentes
no País onde se circula.
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Se, substituir um pneu, é oportuno
substituir também a válvula de en-
chimento.
Para permitir um desgaste uniforme
entre os pneus dianteiros e os trasei-
ros, aconselha-se a troca dos pneus a
cada 10-15 mil quilómetros, man-
tendo-os do mesmo lado do veículo
para não inverter o sentido de ro-
tação.
Não efectuar troca cru-
zada dos pneus, deslo-
cando-os do lado direito
do veículo para o lado esquerdo e
vice-versa.AVISOS
Possivelmente, evitar as travagens
bruscas, arranques cantando pneu,
etc.
Evitar de modo especial, impactos
violentos contra calçadas, buracos na
estrada ou obstáculos de várias natu-
rezas. O andamento prolongado em
estradas em mau estado pode danifi-
car os pneus. Controlar periodica-
mente que os pneus não apresentem
cortes nas laterais, reenchimento ou
irregular consumo da banda de roda-
gem. No caso, dirigir-se à Rede de
Assistência Lancia.
Evitar de viajar em condições de so-
brecarga: pode causar sérios danos às
rodas e pneus.Se furar um pneu, parar imediata-
mente e substituí-lo, para não danifi-
car o próprio pneu, a jante, as sus-
pensões e o mecanismo da direcção.
O pneu envelhece mesmo se usado
pouco. Rachaduras na borracha da
banda de rodagem e nas laterais são
um sinal de envelhecimento. De qual-
quer forma, se os pneus estão monta-
dos há mais de 6 anos, é necessário
mandá-los controlar por pessoal es-
pecializado, para avaliar se podem
ainda ser utilizados. Lembre-se tam-
bém de controlar com muito cuidado
a roda sobressalente.
Em caso de substituição, montar
sempre pneus novos, evitando os de
proveniência duvidosa.
O THESIS adopta pneus Tubeless,
sem câmara de ar. Nunca usar câma-
ras de ar com estes pneus.
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TUBAGENS
DE BORRACHA
Em relação às tubagens flexíveis de
borracha do sistema dos travões e da
alimentação, seguir escrupulosamente
o Plano de Manutenção Programada
neste capítulo. Efectivamente, o ozó-
nio, as altas temperaturas e a falta
prolongada de líquido no sistema po-
dem causar o endurecimento e a ra-
chadura dos tubos, com possíveis fu-
gas de líquido. É portanto, necessário
um controlo cuidadoso.
LIMPA-PÁRA-
BRISAS
ESCOVAS
Limpar periodicamente a parte de
borracha usando apropriados produ-
tos; aconselha-se o TUTELA PRO-
FESSIONAL SC 35.
Substituir as escovas se o limpador
de borracha estiver deformado ou
desgastado. Em todo caso, aconselha-
se de substituí-las uma vez por ano.
Algumas simples precauções podem
reduzir a possibilidade de danos às es-
covas:
– Em caso de temperaturas abaixo
de zero, verificar se o gelo não colou
a parte de borracha no vidro. Se ne-
cessário, desgrudar com um produto
antigelo.
– Tirar a neve eventualmente acu-
mulada no vidro: além de proteger as
escovas, evita-se esforçar e sobrea-
quecer o motor eléctrico.
– Não ligar os limpa-pára-brisas so-
bre o vidro seco.Viajar com as escovas do
limpa-pára-brisas desgas-
tadas representa um grave
risco, pois reduz a visibilidade em
caso de más condições atmosféri-
cas.
Controlo das escovas
Antes de iniciar o controlo das esco-
vas, limpar cuidadosamente o vidro e
as partes de borracha (limpadores)
com água quente e sabão ou com lí-
quido lava-pára-brisas TUTELA
PROFESSIONAL SC 35. O vidro
deve ficar perfeitamente limpo e sem
untuosidade: em caso de necessidade
prosseguir a limpeza com produtos
fortes desengordurantes (a base de
amoníacos) ou que desengorduram e
dão brilho.
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BORRIFADORES(fig. 21)
Se o jacto não sair, antes de tudo,
verificar se há líquido no depósito do
lava-pára-brisas. Depois, controlar se
os furos de saída não estão entupidos,
usando um alfinete.
Os jactos do lava-pára-brisa podem
ser orientados regulando o parafuso
A. O jacto deve ser apontado para o
ponto mais alto alcançado pelas esco-
vas no movimento.
fig. 21
L0A0163b
Também os limpadores de borracha
devem estar perfeitamente limpos an-
tes de iniciar o controlo: se necessário,
insistir na limpeza somente nos ângu-
los, com água quente e sabão.
1) Controlar cuidadosamente que os
limpadores das escovas não estejam
partidos ou deformados e que todos
os componentes da escova estejam em
bom estado: se houver rupturas ou
deformações substituir ambas as es-
covas.
2) Se os limpadores e os componen-
tes das escovas estão em bom estado,
prosseguir com o controlo com uma
prova de funcionamento, accionando
o lava-pára-brisa e o limpa-pára-
brisa: se as escovas limpam correcta-
mente o vidro, podem ser mantidas,
se, ao contrário, a limpeza não for co-
rrecta, ambas devem ser substituídas.Substituição das escovas
(fig. 20)
Para substituir as escovas do limpa-
pára-brisas:
1) Levantar o braço do limpa-pára-
brisas.
2) Apertar a lingueta de bloqueio da
mola de engate e remover a escova A
do braço B.
3) Enfiar a escova nova no braço do
limpa-pára-brisas e empurrá-la no
alojamento até ouvir o ressalto da lin-
gueta de bloqueio da mola de engate.
AVISOApós a substituição, verifi-
car que as escovas estão correcta-
mente enganchadas no braço do
limpa-pára-brisas.
fig. 20
L0A0162b
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LAVA-FARÓIS
Controlar regularmente o estado e a
limpeza dos borrifadores (fig. 22).
Os lava-faróis são activados auto-
maticamente quando, com faróis de
médios ou faróis de máximos acesos,
é accionado o lava-pára-brisas.
CLIMATIZADOR
Durante o inverno, o sistema de cli-
matização deve ser colocado em fun-
cionamento pelo menos uma vez por
mês por cerca de 10 minutos.
Antes do verão, mandar verificar a
eficiência do sistema junto à Rede de
Assistência Lancia.INICIALIZAÇÃO DA UNIDADE
DE CLIMATIZAÇÃO
Cada vez que se conecta electrica-
mente a bateria ou a se recarrega de-
pois que a mesma se descarregou to-
talmente ou depois da substituição de
um dos fusíveis de protecção, para
restabelecer o correcto funcionamento
da climatização, da tranca-portas e do
sistema ESP se devem realizar as ope-
rações de inicialização indicadas no
parágrafo “Quando se deve desligar a
bateria” do capítulo “Em emergên-
cia”.
fig. 22
L0A0122b
O sistema utiliza fluido
refrigerante R134a que, em
caso de fugas acidentais,
não danifica o ambiente. Evitar
completamente o uso de fluído R12
que, além de ser incompatível com
os componentes do sistema, con-
tém cloroflúorcarbonetos (CFC).
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CARROÇARIA
A PROTECÇÃO CONTRA OS
AGENTES ATMOSFÉRICOS
As principais causas de fenômenos
de corrosão são:
– poluição atmosférica
– salinidade e humidade da atmos-
fera (zonas marinhas ou com clima
quente e húmido)
– condições ambientais das estações.
Não se deve substimar também a
acção abrasiva da poeira atmosférica
e da areia levadas pelo vento, da lama
e do cascalho atirados pelos outros ve-
ículos.
A LANCIA adoptou para o THESIS
as melhores soluções tecnológicas
para proteger, com eficácia, a ca-
rroçaria contra a corrosão.Aqui estão as principais:
– Produtos e sistemas de pintura que
dão ao veículo uma resistência espe-
cial contra a corrosão e a abrasão.
– Uso de chapas zincadas (ou pré-
tratadas), dotadas de alta resistência
contra a corrosão.
– Aspersão da parte inferior da ca-
rroçaria, compartimento do motor, do
interno da caixa das rodas e outros
elementos com produtos cerosos com
elevado poder protector.
– Aspersão de materiais plásticos,
com função protectora, nos pontos
mais expostos: embaixo das portas,
interno pára-lamas, bordas, etc.
– Uso de caixas “abertas”, para evi-
tar condensação e estagnação de
água, que podem favorecer a for-
mação de ferrugem no interior.GARANTIA DO EXTERIOR DO
VEÍCULO E DA PARTE
INFERIOR DA CARROÇARIA
O THESIS tem uma garantia contra
a perfuração, devida à corrosão, de
qualquer elemento original da estru-
tura ou da carroçaria. Para as con-
dições gerais desta garantia, fazer re-
ferência ao Livrete de Garantia.
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Os detergentes poluem as
águas. Portanto a lavagem
do veículo deve ser efec-
tuada em zonas equipadas para a
recolha e a depuração dos líquidos
utilizados para a lavagem.CONSELHOS PARA A BOA
CONSERVAÇÃO DA
CARROÇARIA
Tinta
A tinta não tem somente uma função
estética, mas também de proteger as
chapas.
Em caso de abrasões ou riscos pro-
fundos, aconselha-se a fazer os devi-
dos retoques imediatamente, para evi-
tar formações de ferrugem.
Para os retoques da tinta, utilizar so-
mente produtos originais (ver “Eti-
queta de identificação da tinta da ca-
rroçaria” no capítulo “Características
técnicas”).
A manutenção normal da pintura
consiste na lavagem, cuja frequência
depende das condições e do ambiente
de uso. Por exemplo, nas zonas com
alta poluição atmosférica, ou perco-
rrendo ruas com sal antigelo, é mel-
hor lavar o veículo com mais fre-
quência.Antes de deixar o veículo
no túnel dos sistemas de
auto-lavagem, desengatar
o travão de mão eléctrico seguindo
as instruções indicadas no relativo
parágrafo e deixar no habitáculo o
dispositivo CID (se previsto) do
sistema de reconhecimento (Key-
less System), para evitar o trava-
mento automático da direcção.Antes da limpeza do vi-
dro dianteiro (por ex. nas
estações de serviço), certi-
ficar-se de ter desactivado o sen-
sor de chuva ou de ter rodado a
chave para a posição de STOP. O
sensor de chuva deve ser desacti-
vado mesmo quando se lava o ve-
ículo manualmente ou nos siste-
mas de lavagem automática.
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As partes de plástico externas devem
ser limpas com o mesmo procedi-
mento seguido para a lavagem normal
do veículo.
Evitar estacionar o veículo debaixo
de árvores; as resinas que muitas es-
pécies de árvores desprendem, dão
um aspecto opaco à tinta e aumentam
as possibilidades de início de proces-
sos corrosivos.
AVISOOs excrementos de pássaros
devem ser lavados imediatamente e
com cuidado, pois a acidez dos mes-
mos é bastante agressiva.
Vidros
Para a limpeza dos vidros, usar de-
tergentes específicos. Usar panos bem
limpos para não riscar os vidros ou al-
terar a trasparência deles.
AVISOPara não avariar as re-
sistências eléctricas existentes na su-
perfície interna do vidro traseiro, es-
fregar delicadamente seguindo o sen-
tido das próprias resistências. Para uma lavagem correcta:
1) Retirar a antena do tecto evitar de
danificá-la se o veículo for lavado
num sistema de lavagem automática.
2) Molhar a carroçaria com um jacto
de água com baixa pressão.
3) Passar na carroçaria uma esponja
com uma ligeira solução detergente a
PH neutro, enxaguando a esponja
com frequência.
4) Enxaguar bem com água e enxu-
gar com jacto de ar ou pele ca-
murçada.
No enxugar, ter mais atenção pelas
partes menos em vista, como o com-
partimentos das portas, o capot, o
contorno dos faróis, nos quais a água
pode estagnar-se com mais facilidade.
Aconselha-se a não pôr o veículo em
ambiente fechado, mas deixá-lo ao ar
livre para facilitar a evaporação da
água.
Não lavar o veículo após uma para-
gem ao sol ou com o capot do motor
quente: pode alterar a lucidez da
tinta. Limpeza dos particulares
exteriores cromados/anodizados
Para a limpeza dos particulares ex-
teriores quais modinaturas, molduras
e semelhantes aconselha-se o uso de
detergentes com PH neutro, evitando
desta maneira o uso de produtos ge-
néricos.
Estes particulares devem ser limpos
cuidadosamente com água abundante
e serem secos com um jacto de ar ou
pele de camurça.
Para tratamentos suplementares uti-
lizar um produto para dar brilho,
para particulares cromados/anodiza-
dos.
NaRede de Assistência Lancia
são disponíveis produtos idóneos para
a limpeza correcta do veículo.
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INTERNOS
De tempos em tempos, verificar se
não há água parada embaixo dos ta-
petes (devidos a sapatos molhados,
guarda-chuvas, etc.) que poderiam
causar a oxidação da chapa.
Nunca utilizar produtos
inflamáveis como éter de
petróleo ou gasolina recti-
ficada para a limpeza das partes
internas do veículo. As cargas elec-
troestáticas que são geradas por
atrito durante a operação de lim-
peza, poderiam provocar incêndio. Os detergentes poluem as
águas. Por isso, a lavagem
do compartimento do mo-
tor deve ser efectuada em zonas
equipadas para a recolha e a de-
puração dos líquidos usados na
lavagem.
Compartimento do motor
No final do inverno, efectuar uma
lavagem cuidados do compartimento
do motor, havendo o cuidado de não
insistir directamente com jactos de
água nas unidades electrónicas. Para
esta operação, dirigir-se a oficinas es-
pecializadas.
AVISOA lavagem deve ser realizada
com o motor frio e a chave de arran-
que na posição STOP. Depois da la-
vagem, verificar se as diversas pro-
tecções (ex. capas de borracha e ou-
tras protecções) não foram removidas
ou danificadas.Não deixar garrafas ae-
rossóis no veículo. Perigo
de explosão. As garrafas
aerossóis não devem ser expostas
a uma temperatura acima de 50°C.
Com a chegada do calor a tempe-
ratura dentro do veículo pode ul-
trapassar muito mais este valor.
PARTES DE PLÁSTICO
INTERNAS
Usar produtos específicos, estudados
para não alterar o aspecto dos com-
ponentes.
AVISONão utilizar álcool ou gaso-
lina para a limpeza do vidro do qua-
dro de instrumentos.
LIMPEZA DOS BANCOS
DE ALCÂNTARA
A alcântara é um revestimento que
pode ser tratado e limpo facilmente do
mesmo modo que outros revestimen-
tos, portanto, valem as mesmas indi-
cações mencionadas para a limpeza
dos tecidos.